A Fundação Maria Manuela e Vasco de Albuquerque d’Orey foi constituída por iniciativa dos irmãos, seus filhos, Guilherme, José Luiz, Bernardo, João Manuel e Lourenço de Albuquerque d’Orey, que desta forma procuraram perpetuar a memória dos Pais.
Assim no dia 5 de Dezembro de 1988 (aniversário de nascimento de Maria Manuela d’Orey), foi constituída por Escritura Pública no 9º Cartório Notarial de Lisboa, a Fundação Maria Manuela e Vasco de Albuquerque d’Orey.
A Fundação foi reconhecida oficialmente no dia 23 de Março de 1989, data em que veio publicado no Diário do Governo o seu reconhecimento.
Na data da constituição, os irmãos nomearam como primeiro Presidente, o Sr. Engº José Luis de Albuquerque d´Orey, que exerceu estas funções até Setembro de 1997. Sucedeu-lhe o Sr. Dr. João Manuel de Albuquerque d’Orey que exerceu até Novembro de 2022.
Conforme consta do artigo 5º dos Estatutos, a Fundação visa, genericamente, fins de educação, cultura, assistência, investigação e ambientais ao nível da promoção, apoio e desenvolvimento de soluções alternativas para a sustentabilidade ambiental e ecológica.
Um objectivo inicial adicional que os irmãos tiveram foi conseguir que na próxima geração a empresa Sociedade Comercial Orey Antunes, SA se mantivesse na Família. Esse objectivo foi atingido em 2002 tendo a Fundação, uns poucos anos mais tarde, alienado a sua participação.
Até hoje, as iniciativas e apoios da Fundação têm sido diversos, como a participação no Prémio “Museu Europeu do Ano 1992”.
A Fundação apoiou a publicação de obras como:
• “Vieira na Literatura Anti-jesuítica”, José Eduardo Franco e Bruno Cardoso Reis, 1997;
• “Luis Mousinho de Albuquerque. Um Intelectual na Revolução”, Magda Pinheiro, 1992;
• “O Mito de Portugal. A Primeira História de Portugal”, José Eduardo Franco, 2000.
Através dos vários anos de existência, subsidiou várias exposições de arte, e conseguiu promover, junto da Fundação Europeia da Cultura, o restauro do telhado do Convento dos Cardais em Lisboa, onde estão importantes painéis de azulejos nacionais e outros originários de Delft, os quais se encontravam-se em perigo.
Subsidiou também o restauro do salão nobre do Teatro Nacional de S. Carlos, e cooperou no restauro da Igreja da Encarnação em Lisboa. Por outro lado, contribuiu para a Exposição “PORTUGAL-BRAZIL – A Era dos Descobrimentos Atlânticos”, realizada na Fundação Gulbenkian.
Atribuiu ao longo dos anos várias bolsas de estudo, possibilitando a concretização de alguns trabalhos de investigação e facilitou, por outro lado, que pessoas com menores recursos financeiros tivessem a possibilidade de completar a sua formação.
De entre as Bolsas concedidas queremos destacar a atribuída a José Eduardo Franco, para que estudasse o documento datado de 1684, arquivado na Biblioteca Nacional da Paris, investigação que permitiu o seu doutoramento com distinção. Deste estudo a Fundação publicou o livro acima mencionado, trabalho que recebeu o prémio “Livro 2004 da Sociedade Histórica da Independência de Portugal 2004”.